G E R A L
1º//2/2025 11:09:09
Combustível mais caro a partir de sábado (1º)
Por: Katia Maia, da Ag. Voz
Alta é reflexo do aumento do ICMS decidido no ano passado
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A partir deste sábado (primeiro de fevereiro), o preço dos combustíveis aumenta em todo o Brasil. O motivo, o reajuste do ICMS. O imposto estadual incide sobre gasolina, etanol e diesel. A alíquota vai subir R$ 0,10 por litro para gasolina e etanol, totalizando R$ 1,47; e para o diesel o reajuste será de R$ 0,06, chegando a R$ 1,12 por litro. O reajuste foi aprovado pelos estados no ano passado e entra em vigor, agora, pressionando os preços nos postos e no transporte de mercadorias.
O etanol já vinha registrando aumentos consecutivos e terá um impacto ainda maior. No acumulado de 2024, o combustível teve alta de 18,61%, e em dezembro atingiu uma média de R$ 4,27 por litro. Com o novo reajuste do ICMS, o valor pode subir ainda mais, tornando a comparação entre etanol e gasolina uma decisão essencial para os motoristas de carros flex.
Além do impacto direto no bolso dos motoristas, o aumento do diesel pode aumentar os custos do transporte de cargas, com reflexo no preço de alimentos e outros produtos essenciais. O Brasil é um pais majoritariamente rodoviário, e qualquer reajuste no diesel tem efeito em cadeia sobre a inflação. Especialistas alertam que a defasagem no preço dos combustíveis em relação ao mercado internacional pode levar a novos aumentos nos próximos meses.
Assim, motoristas e consumidores devem se preparar para um início de ano com preços mais altos nos postos e reflexos no custo de vida. O impacto exato do aumento vai depender das variações do mercado e da política de preços das distribuidoras, mas o reajuste do ICMS já coloca mais pressão sobre o bolso da população.
Marcello Casal / Ag. Brasil

O reajuste foi aprovado pelos estados no ano passado e entra em vigor, agora, pressionando os preços nos postos e no transporte de mercadorias
29/1/2025 21:09:00
Com carteira assinada, trabalhador poderá acessar crédito consignado
Por: Pedro Rafael Vilela, da Ag. Brasil
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Nova modalidade de crédito depende de Medida Provisória do governo
O governo federal vai apresentar uma proposta legislativa para expandir a oferta de crédito consignado aos cerca de 42 milhões de trabalhadores com carteira assinada (CLT) que atuam no setor privado e têm dificuldade de acesso a este serviço financeiro. A ideia é criar uma plataforma que permita aos bancos e instituições financeiras acessarem diretamente o perfil de crédito do celetista por meio do eSocial, o sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o País.
O crédito consignado é um empréstimo que tem as parcelas descontadas diretamente do salário ou benefício do devedor. É uma modalidade de crédito que oferece taxas de juros mais baixas e é uma das mais utilizadas no Brasil, especialmente por servidores públicos e aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
A legislação que trata do consignado já permite que trabalhadores com carteira assinada possam ter acesso a este tipo de empréstimo, descontado do salário, mas ele requer a assinatura de convênios entre empresas e bancos, o que, na prática, dificulta que pequenas e médias empresas, e muitas grandes empresas também, possam aderir ao modelo em larga escala.
"A empregada doméstica, o funcionário que atende uma família, ele tem lá o seu registro, o seu recolhimento, mas ele não tem acesso ao crédito consignado. Ou de uma pequena empresa, uma pequena loja, uma padaria, uma farmácia. Dificilmente um empregado do Simples [regime simplificado de enquadramento de empresas], um empregado de uma pequena empresa, terá acesso ao consignado, porque exige uma série de formalidades da empresa com os bancos”, explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao anunciar a proposta em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro, o produto vai provocar uma “pequena revolução” no crédito brasileiro. “Você vai consignar no eSocial, que é algo que toda empresa hoje tem que aderir para fazer o recolhimento do que deve ao trabalhador em termos de INSS, fundo de garantia [FGTS], imposto [de renda] retido na fonte e assim por diante. Então, o eSocial se transformou num veículo que permite o crédito consignado privado", disse Haddad.
O assunto foi discutido durante uma reunião com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Haddad, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, além dos dirigentes de cinco dos maiores bancos públicos e privados do país: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander.
"Nós vamos ter uma capacidade de fazer com que os bancos não mais precisem fazer convênios com micro, pequenas, médias e grandes empresas. Esse hoje é o grande gargalo do crédito privado. São milhões de empregadores, riscos diferenciados, setores da economia diferenciados, e os bancos não conseguem mapear o risco de crédito dos trabalhadores. Tendo uma gestão centralizada pelo e-Social, conectando nos aplicativos bancários, os bancos vão poder ofertar taxas, vão poder ofertar linha de crédito e os trabalhadores vão conseguir acessar o novo consignado", argumentou o presidente-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney.
Para viabilizar a nova modalidade de crédito consignado, utilizando o eSocial, o governo deve editar uma Medida Provisória (MP) ainda em fevereiro, segundo o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), embora um prazo exato não esteja definido. Não está descartado também o envio de um projeto de lei. "A decisão sobre o veículo legislativo será tomada pelo presidente Lula", indicou.
Regras
As regras sobre limites do consignado para trabalhadores celetistas deverão permanecer, como o teto de 30% do salário comprometido com o empréstimo e a possibilidade de usar 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o total da multa recebida por demissão sem justa causa para o pagamento dos débitos, em caso de desligamento do emprego.
Segundo o presidente da Febraban, a massa salarial dos trabalhadores CLT do setor privado alcança cerca de R$ 113 bilhões, enquanto o volume de crédito consignado neste segmento é de apenas R$ 40 bilhões. Já a massa salarial de aposentados do INSS e servidores públicos, que gira em torno de R$ 120 bilhões, resulta em uma oferta de crédito consignado de R$ 600 bilhões.
"Nós estamos estimando que esses R$ 40 bilhões possam triplicar, o que significa dizer que essa carteira de crédito pode chegar a uns R$ 120 bilhões, R$ 130 bilhões, desde que nós tenhamos condições de acesso a essa plataforma [eSocial] e que os aplicativos dos bancos, os canais dos bancos, também possam ser veículos de oferta desse produto. Depende da norma que vier, da regulamentação e o quanto os bancos vão poder se integrar nessa plataforma", apontou Isaac Sidney.
Edição: Sabrina Craide
Arquivo
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O crédito consignado é um empréstimo que tem as parcelas descontadas diretamente do salário ou benefício do devedor
Dney Justino (Ag. Brasil)

Segundo o ministro Haddad (foto), o produto vai provocar uma “pequena revolução” no crédito brasileiro
29/1/2025 15:00:18
Polícia de SP mata mais adolescentes pelo 2º ano consecutivo
Por: Rafael Custódio, da Ag. Pública
Pelo segundo ano consecutivo, o número de mortes de adolescentes em decorrência de intervenções policiais no Estado de São Paulo aumentou, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Entre janeiro e novembro de 2024, foram 43 vítimas, aumento de 13% se comparado com todo o ano de 2023, que contabilizou 38 óbitos.
Em janeiro de 2024, a Agência Pública mostrou um crescimento de 58% no número de casos em que crianças e adolescentes foram mortos pelas polícias Militar e Civil, desde que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assumiu a gestão, em janeiro de 2023.
Os óbitos nessa faixa etária vinham apresentando queda entre 2015 e 2022, mas voltaram a subir no governo Tarcísio, com o comando das polícias paulistas sob responsabilidade do secretário Guilherme Derrite, um ex-tenente das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tidas como um dos batalhões mais letais.
A Pública procurou a SSP de Derrite, que respondeu por meio de nota que “todos os casos de mortes decorrentes de intervenção policial, inclusive, envolvendo adolescentes, são investigados pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das corregedorias, Ministério Público e Judiciário. As forças de segurança não compactuam com desvios de conduta e punem com rigor aqueles que infringem a lei ou violam as normas e procedimentos de suas corporações”.
O alto índice de mortes nas ações policiais sob a gestão do atual governador levou a ONG Conectas e a Comissão Arns a denunciar o aumento da letalidade policial à Organização das Nações Unidas (ONU), em março de 2024. Na ocasião, o governador respondeu que “pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”.
Em 12 anos, entre janeiro de 2013 e novembro de 2024, as polícias de São Paulo mataram mil crianças e adolescentes em suas ações, segundo os dados da SSP. O ano com mais mortes foi 2014, quando a SSP estava sob o comando do secretário Fernando Grella Vieira, indicado pelo atual vice-presidente da república, Geraldo Alckmin (PSB), que na época era governador do estado. Nesse período, foram computadas 153 mortes, e as vítimas tinham entre 14 e 17 anos.
Dessas mil mortes, 959 ocorreram em ações de policiais militares e 41 com a Polícia Civil. A maior parte ocorreu no momento em que os agentes estavam em serviço, 661 óbitos e outros 339 quando estavam de folga.
Entre os dados que foram contabilizados oficialmente como de responsabilidade dos policiais nesse período de 12 anos, a vítima mais nova foi Ítalo de Jesus Ferreira, de 10 anos. Segundo a polícia, ele morreu em um suposto confronto com a PM, após uma perseguição em que a criança e um amigo, de 11 anos, teriam roubado um carro dentro de um condomínio no bairro do Morumbi, área nobre da zona sul da capital, em junho de 2016.
Essa versão foi contestada pela defesa da família de Ítalo Ferreira, e o juiz Ricardo Augusto Ramos, da 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, determinou que apenas o soldado Otávio de Marqui, que estava envolvido na ação, seria levado a júri popular. Os outros quatro foram absolvidos.
Maioria dos mortos é preta e parda
Na noite de 23 de setembro de 2024, Alexsandro Del Rei Rosa dos Santos, de 16 anos, foi morto por um PM que não estava em serviço, na rodovia Anhanguera, em Perus, zona Oeste de São Paulo. Na versão da polícia, o assassinato aconteeu após uma suposta tentativa de roubo a esse PM, que estava a caminho do trabalho.
Santos era um garoto pardo. Em 2024, 69% das vítimas de intervenções policiais eram pessoas pretas ou pardas.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), obtido pela Pública, o adolescente e um homem, de 20 anos, teriam tentado roubar a moto do PM. O agente teria atirado ao perceber que a dupla fazia menção a uma arma sob a camiseta.
Mas, quando os policiais militares em serviço foram acionados e chegaram ao endereço, não encontraram armas de fogo com o adolescente. Nenhum dos agentes usava câmera corporal. Alexsandro morreu em virtude dos ferimentos causados pelos dez disparos efetuados pelo policial militar, que estava à paisana.
Na Cidade Ademar, bairro da zona Sul, mais um adolescente pardo foi morto pela polícia, em julho de 2024. Gustavo Marques de Araújo, de 16 anos, foi assassinado após uma suposta tentativa de assalto no cruzamento da avenida Vereador João de Lucca e a rua Padre Bento Ibáñez.
De acordo com o BO, a vítima do roubo disse que o adolescente e o irmão teriam feito menção a uma arma de fogo sob a roupa, quando exigiram o seu celular. Um PM de folga baleou Araújo e apreendeu o irmão gêmeo.
Polícia nega responsabilidade nas mortes
O enterro de Gregory Ribeiro Vasconcelos, de 17 anos, ocorreu sem velório, devido às condições do corpo do adolescente. Segundo a família, o corpo teria ficado fora do refrigerador do Instituto Médico Legal (IML).
Ele foi morto e um amigo, L. H, de 15 anos, ficou ferido após uma suposta troca de tiros com policiais militares das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam), em novembro de 2024, na comunidade Morro do São Bento, em Santos, no litoral paulista. A versão apresentada pelos policiais é contestada por Renan Lima Lourenço Gomes, advogado da família do jovem sobrevivente.
“No dia do incidente, L. H. estava apenas dando uma volta de moto com seu amigo, Gregory, como qualquer outro adolescente faria. Ambos nunca haviam se envolvido em qualquer tipo de infração e estavam apenas curtindo o momento. No entanto, foram abordados abruptamente por policiais que dispararam contra eles sem qualquer provocação. L. H. e Gregory não estavam armados e não estavam cometendo nenhum crime”, disse Gomes.
De acordo com uma fonte interna ouvida pela Pública sob condição de anonimato, na versão dos policiais militares, eles estavam em um patrulhamento na comunidade quando suspeitaram de um grupo de dez pessoas. Quatro delas estavam em duas motos e fugiram ao ver os PMs se aproximarem.
Ainda de acordo com essa versão dos policiais, o grupo teria tentado fugir para uma área de tráfico de drogas, onde parte dos suspeitos passou a fazer disparos na direção dos PMs. Durante o suposto confronto, os adolescentes foram baleados pelos agentes.
Ainda na versão apresentada pelos PMs, as vítimas foram socorridas e levadas aos hospitais Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona Noroeste e para a Santa Casa de Santos, mas Vasconcelos não resistiu aos ferimentos e morreu.
L. H. passou um longo período internado na Santa Casa de Santos. “Ele possui uma gaiola ortopédica na perna, tentando sanar os danos causados pelos disparos de arma de fogo que sofreu. Esses ferimentos são tão graves que ele não consegue se locomover e vive com dores intensas”, disse o advogado.
Gregory Vasconcelos não foi o único morador do Morro do São Bento a ser morto naquele dia. Ryan da Silva Andrade Santos, de apenas 4 anos, foi baleado no abdômen enquanto brincava na rua. Ele morreu a caminho do hospital.
Na época, o porta-voz da PM de São Paulo, o coronel Emerson Massera, disse que a bala que matou a criança santista “possivelmente teria saído da arma de um policial militar”. No entanto, o caso não consta entre os números de mortes em decorrência de intervenção policial da SSP.
A Pública questionou a SSP e a pasta respondeu que “a unidade realiza todas as diligências necessárias para total esclarecimento dos fatos, podendo a natureza de ambos os casos ser alterada no decorrer das apurações, sem qualquer prejuízo ao inquérito policial”. Leia a nota na íntegra.
Dez meses antes, o pai de Ryan Santos também foi morto pela PM, durante a Operação Verão, que ocorreu entre dezembro de 2023 e abril de 2024 e resultou em 56 mortes, a mais letal da história do estado desde o massacre do Carandiru, em 1992. Leonel Andrade dos Santos, de 36 anos, tinha uma deficiência na perna e andava com o apoio de muletas. Policiais militares, no entanto, alegaram que ele e um amigo, de 37 anos, haviam apontado uma arma e por isso revidaram.
Edição: Mariama Correia
Arquivo

Entre janeiro e novembro de 2024, foram 43 vítimas, aumento de 13% se comparado com todo o ano de 2023, que contabilizou 38 óbitos
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Na ocasião, o governador (foto) respondeu que “pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí (para as denúncias)”
Ag. Pública

29/1/2025 10:18:18
Mais de 3 milhões de estudantes entraram na universidade pelo Prouni
Por: Max Gonçalves, da Ag. Voz
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Após 20 anos de criação, o Programa Universidade para Todos (Prouni), do governo federal, contabiliza cerca de 3,5 milhões de estudantes beneficiados, nas duas décadas. Ao todo, 2,5 milhões receberam bolsas integrais e 947 mil conquistaram bolsas de 50%. Podem se inscrever no Prouni estudantes que cursaram o ensino médio totalmente em escola pública ou que tenham sido bolsistas em escolas particulares e cujas famílias tenham renda bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo, para obter a bolsa integral, até 3 salários mínimos para ser beneficiado com a bolsa parcial, de 50%.
As bolsas permitem que os estudantes mais vulneráveis possam estudar em 1.862 instituições privadas de ensino superior no Brasil. Atualmente, o programa beneficia quase 600 mil bolsistas em todas as regiões do país. A região Sudeste lidera o ranking de bolsas concedidas (45%). Em segundo lugar está o Nordeste, com cerca de 20% e, em seguida, vem o Sul (18%).
Dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) mostram que nestes 20 anos de Prouni, as mulheres representam 56% dos beneficiados e os negros totalizam 55%, revelando resultado positivo dentro do público que o programa quer atingir.
Segundo o Censo da Educação Superior de 2023, os alunos que entram nas universidades particulares pelo Prouni permanecem mais nos cursos do que os outros. Quase 60% dos participantes concluíram a graduação, o que representa cerca de 1,5 milhão de bolsistas que concluíram seus cursos de graduação. Resultado superior ao de estudantes que não participam do programa, onde o percentual cai para 36%.
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Dados do MEC mostram que nestes 20 anos de Prouni, as mulheres representam 56% e os negros totalizam 55% dos beneficiados
15/1/2025 09:44:44
Reajuste de 4,77% para aposentados do INSS começa em fevereiro
Por: Katia Maia, da Ag. Voz
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Aumento é baseado no INPC de 2024, e o teto dos benefícios sobe para R$ 8.157,40
A partir de fevereiro, aposentados e pensionistas do INSS terão um reajuste de 4,77%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2024, divulgado pelo IBGE. O teto dos benefícios da Previdência Social passa a ser de R$ 8.157,40 em 2025, contra R$ 7.786,01 de 2024.
O aumento vai ser integral para quem já recebia valores acima de um salário mínimo até 1º de fevereiro de 2024. Quem começou a receber o benefício após essa data terá o reajuste proporcional aos meses em que o benefício foi pago.
Atualmente, 12,2 milhões de beneficiários recebem valores superiores ao piso nacional, e 40,7 milhões ganham o salário mínimo, que passou de R$ 1.412 para R$ 1.580.
Os pagamentos dos aposentados e pensionistas com reajuste vão ser feitos entre 27 de janeiro e 7 de fevereiro. Já o pagamento dos benefícios acima do mínimo será realizado de 3 a 7 de fevereiro, com datas de acordo com o número final do cartão de benefício.
Vale destacar que, por mais um ano, não haverá aumento real para quem ganha acima do mínimo, ou seja, o reajuste será apenas a reposição da inflação. Já quem recebe o salário mínimo teve um reajuste real de 2,5%, de acordo com a política fiscal do governo.
A correção de 4,77% também vai ser aplicada nas faixas de contribuição do INSS, com novas alíquotas para trabalhadores da iniciativa privada e estatais.
Nas próximas semanas, o INSS irá disponibilizar os extratos atualizados, que podem ser consultados pelo site ou aplicativo "Meu INSS", com login no Portal Gov.br. Para quem não tem acesso à internet, o número 135 pode ser utilizado para consulta.
Arquivo

O teto dos benefícios da Previdência Social passa a ser de R$ 8.157,40 em 2025, contra R$ 7.786,01 de 2024
11/1/2025 10:14:12
Folha do Condomínio traz o “Giro da Semana” entre 6 e 10 de Janeiro
Por: katia Maia, da Ag. Voz
Você acompanha agora o giro de notícias da semana, com Fernanda Torres premiada no Globo de ouro, dois anos do golpe fracassado em Brasília, menos rigor na checagem de fatos da empresa Meta e incêndios nos Estados Unidos
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A semana começou em festa para o Brasil que na madrugada da segunda-feira viu Fernanda Torres fazer história ao se tornar a primeira atriz brasileira a receber o Globo de Ouro, um dos mais importantes prêmios do cinema internacional, concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood.
Torres (Foto) foi eleita melhor atriz em drama pelo papel de Eunice Paiva no filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da luta da esposa do ex-deputado Rubens Paiva frente à prisão e assassinato do marido pelos militares durante a ditadura. Fernanda dedicou o prêmio à mãe, Fernanda Montenegro, indicada em 1999 por Central do Brasil.
Mark Zuckerberg anunciou que a Meta vai encerrar o programa de checagem de fatos em suas plataformas como uma forma de “restaurar a liberdade de expressão”. Agora, a Meta vai adotar um sistema de “notas de comunidade” parecido ao X, de Elon Musk, onde os próprios usuários escrevem notas às publicações sobre conteúdos enganosos ou polêmicos. Segundo Zuckerberg a medida visa reduzir “erros e censura”, ele disse ainda que a empresa vai agora trabalhar alinhada ao governo Trump.
Aqui no Brasil, membros do Supremo Tribunal Federal rechaçaram a afirmação sobre “Cortes secretas” e reiteraram a transparência de suas decisões. O presidente Lula afirmou que a medida não pode ferir a soberania de uma nação.
Donald Trump falou em anexar a Groenlândia ou o Panamá aos Estados Unidos e não descartou usar força militar para adquirir a ilha do Ártico ou o canal centro-americano. Ele falou do seu desejo de comprar a Groenlândia para a segurança nacional. E destacou a presença chinesa no Panamá. Trump também debochou do Canadá e publicou um mapa onde o país aparece como parte dos EUA.
O presidente Lula trocou Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República pelo marqueteiro Sidônio Palmeira. O novo ministro disse que é preciso melhorar a comunicação digital do governo. Segundo ele, um dos seus desafios vai ser alinhar expectativa do governo, gestão e percepção popular.
Uma cerimônia na Praça dos Três Poderes, em Brasília, marcou os atos golpistas de 8 de janeiro. O evento lembrou o ataque à democracia há dois anos. Em cerimônia no Palácio do Planalto, Lula disse que era o momento de dizer que “ainda estamos aqui”, para dizer que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas.
A cerimônia marcou a reintegração de obras de arte danificadas na invasão de janeiro de 2023. Ao todo, 21 peças foram restauradas entre elas uma tela de Di Cavalcanti e o relógio do século XVII trazido ao Brasil por Dom João VI.
E para terminar, incêndios florestais atingiram Los Angeles, deixando pelo menos 10 mortos e mais de 1.100 estruturas destruídas por tempestade de fogo. Uma das mais destrutivas da história e sem precedentes e que estão devastando enormes áreas de Los Angeles, na costa oeste dos Estados Unidos.
Fernando Frazão / Ag. Brasil

Manifestantes repudiam tentativa de golpe, do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e exigem punição a todos os golpistas
Reprodução (Redes Sociais)

Fernanda Montenegro, melhor atriz pelo papel de Eunice Paiva (mulher de Rubens Paiva, dep. cassado, torturado e assassinado pelo exército, na Ditadura Militar do Brasil (1964 a 1985), no filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles
5/1/2025 20:50:27
Avanço nas classes C e B traz de volta perfil de classe média ao País
Por: * Brasil 247
"Crescimento do PIB, aumento da renda do trabalho e a redução da desigualdade sustentam essa conquista", destaca o ministro
O Brasil voltou a ser considerado um País majoritariamente de classe média (que inclui famílias da casse C - com renda a partir de R$ 3,4 mil até R$ 8,1 mil - e da classe B - com renda acima de R$ 8,1 mil a R$ 25 mil -, resultado da combinação de crescimento econômico, aumento da renda do trabalho e redução da desigualdade. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), destacou o papel da "melhoria da qualidade do emprego" nesse avanço, em publicação no X, antigo Twitter, neste domingo (5). Segundo Marinho (foto ao lado de Lula), "o retorno do Brasil à condição de País de classe média se deve à melhoria da qualidade do emprego a partir de 2023".
Dados de um estudo da Tendências Consultoria, publicados pelo jornal O Globo, apontam que, em 2024, o número de domicílios nas classes C, B e A (renda acima de R$ 3,4 mil) atingiu 50,1%, superando pela primeira vez, desde 2015, a marca de metade das famílias. Esse marco reflete uma recuperação social e econômica impulsionada por políticas de valorização do salário mínimo e criação de empregos formais durante o terceiro mandato do presidente Lula (PT).
Ascensão social e fortalecimento do mercado de trabalho - O Brasil tem experimentado uma migração significativa de famílias das classes D/E para a classe C, graças ao fortalecimento do mercado de trabalho. Segundo a economista Camila Saito, da Tendências, a retomada do emprego no período pós-pandemia foi determinante. "Desde 2023 houve uma migração importante de famílias, decorrente da melhora significativa do mercado de trabalho", afirmou.
A renda das classes C e B, que formam a base da classe média, teve crescimento expressivo. Em 2024, os rendimentos domiciliares da classe C (R$ 3,5 mil a R$ 8,1 mil) subiram 9,5%, enquanto na classe B (R$ 8,1 mil a R$ 25 mil) o aumento foi de 8,7%. Políticas de reajuste do salário mínimo acima da inflação contribuíram para elevar a massa salarial e impulsionar o avanço social.
Menor taxa de desemprego da história - Outro fator crucial para o avanço social foi a queda do desemprego. Segundo o IBGE, a taxa caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024, o menor índice já registrado. O nível de ocupação atingiu 58,8%, superando os números de 2019.
A geração de empregos formais também refletiu o aquecimento econômico, com 3,6 milhões de novos postos com carteira assinada entre janeiro de 2023 e setembro de 2024.
* Com edição da Folha do Condomínio OnLine (Dinho Garcia)
Marcelo Camargo / Agência Brasil

Esse marco reflete uma recuperação social e econômica impulsionada por políticas de valorização do salário mínimo e criação de empregos formais durante o terceiro mandato do presidente Lula (PT)
20/12/2024 09:29:12
Renda de contrato intermitente fica abaixo do salário mínimo em 2023
Por: Katia Maia, da Ag. Voz
Estudo do Dieese destaca baixa remuneração e pouca segurança para trabalhadores nessa modalidade
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76% dos trabalhadores com contratos intermitentes em 2023 (criados a partir de alteração imposta à CLT, em 2017, aprovada pelo governo Michel Temer) ganharam menos que o salário mínimo ou não receberam nada ao longo do ano. A conclusão é de um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese.
O contrato intermitente foi criado pela reforma trabalhista em 2017. Nesse modelo, o trabalhador fica disponível para ser chamado pelo empregador quando necessário, mas só recebe pelas horas ou os dias efetivamente trabalhados. Nos períodos em que não é convocado, ele não recebe nada, mesmo estando formalmente contratado.
De acordo com o Dieese, a remuneração média dos trabalhadores com esse tipo de contrato foi de 762 reais por mês, apenas 58% do salário mínimo de 1.320 reais vigente no ano passado. Entre mulheres e jovens, a situação foi ainda mais delicada, com rendimentos médios de 661 reais.
Os dados mostram ainda que 41% dos intermitentes não registraram qualquer renda ao longo de 2023. No setor da construção, mais da metade dos contratos intermitentes ficou parada por todo o ano.
O levantamento também revelou que, mesmo para contratos encerrados em 2023, os trabalhadores passaram mais tempo esperando ser chamados do que efetivamente trabalhando. Em média, apenas 44% dos meses contratados resultaram em atividade remunerada.
O Dieese ressalta que, até agora, o contrato intermitente tem mostrado pouca eficácia para inserir trabalhadores no mercado formal. Três em cada quatro pessoas com esse vínculo em dezembro de 2023 já tinham algum emprego formal nos cinco anos anteriores.
O relatório completo pode ser acessado no site do Dieese: https://www.dieese.org.br/
Marcello Casal Jr / Ag. Brasil

Nesse modelo, o trabalhador fica disponível para ser chamado pelo empregador quando necessário, mas só recebe pelas horas ou os dias efetivamente trabalhados