5/11/2025 09:28:00
Alta na procura por locação temporária no final do ano eleva número de fraudes
Por: da Redação
A poucos dias do início das festas de fim de ano e do verão, o mercado de aluguel de apartamentos e casas de praia de curta duração volta a aumentar em todo o País. Plataformas digitais e redes sociais concentram milhares de anúncios, muitos deles oferecendo hospedagens para grupos e famílias.
Porém, a advogada Sigla Azevedo, que tua em Direito Imobiliário, alertou que junto com a alta procura, cresce também o número de golpes e de problemas envolvendo regras condominiais, especialmente, em condomínios fechados e prédios residenciais.
Segundo a advogada, o período é “crítico” pela quantidade de golpes e irregularidades. “A temporada de festas é o momento em que mais surgem anúncios falsos, reservas inexistentes e imóveis que não correspondem ao que foi prometido. O consumidor precisa redobrar a cautela”, disse.
Além das fraudes comuns, há ainda o risco de conflitos com condomínios que possuem regras específicas para locações de curto prazo. Conforme Siglia, muitos proprietários desconhecem as normas internas e acabam enfrentando multas ou impedimentos de entrada.
“Antes de fechar qualquer reserva, é essencial verificar se a locação por temporada é permitida no condomínio. Muitos edifícios têm restrições claras, principalmente, quando se trata de grupos grandes, festas ou permanências muito curtas”, explicou a especialista. Ela reforçou que, se a prática for proibida pela convenção condominial, tanto o proprietário quanto o hóspede podem ter problemas.
Pontos de atenção
Locatários devem desconfiar de anúncios com preços muito baixos, exigência de pagamento integral antecipado ou ausência de contrato. “O primeiro sinal de alerta é quando o suposto proprietário evita fornecer informações ou se recusa a formalizar a locação. A falta de contrato e de comprovantes é o caminho certo para cair em um golpe”, ressaltou a advogada.
Siglia orientou os consumidores a priorizarem plataformas reconhecidas, que tenham acesso a vídeos recentes do imóvel, verificarem CNPJ ou CPF do proprietário e peçam referências de outros hóspedes, além de nunca realizar pagamentos via métodos que não permitam rastreamento.
Para os proprietários de unidade em condomínios, a recomendação é agir de forma preventiva: comunicar a administração condominial, cadastrar hóspedes e estabelecer regras claras no contrato. “A prevenção é o melhor caminho para evitar dores de cabeça. Quem age com transparência reduz muito o risco de conflitos, multas ou responsabilização por danos causados pelos hóspedes”, reforçou.
Com o início da alta temporada, a orientação geral da advogada é simples: “verificar tudo, checar mais de uma fonte e formalizar a locação por escrito. Assim, tanto hóspedes quanto proprietários podem aproveitar a temporada de festas e férias com segurança jurídica, e sem surpresas desagradáveis”, concluiu.
Arquivo (WIX)

Além das fraudes comuns, há ainda o risco de conflitos com condomínios que possuem regras específicas para locações de curto prazo








