14/9/2025 19:57:12
Imóvel desocupado e a perda média de R$ 2 mil mensais ao proprietário
Por: Dinho Garcia
Estudo feito por centro de pesquisa da UFMG mostra que o ganho de eficiência gerado por uma consultoria imobiliária reduz o tempo de desocupação, o que pode facilitar e acelerar o processo de locação
Levantamento feito pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedepar), da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), estima que a redução da receita dos proprietários para cada dia a mais que seus imóveis ficam desocupados no Brasil é de R$ 66,6, em média - ou seja, R$ 2 mil por mês. O mesmo estudo mostra esse impacto em uma consultoria imobiliária, que atua no mercado imobiliário do País.
Segundo essa consultoria, um imóvel chega a ser alugado na plataforma em apenas uma hora após o anúncio e, ainda conforme a empresa, já são mais de 850 mil contratos de aluguel e de compra e venda fechados.
Para Edson Domingues, economista da UFMG e coordenador do estudo, "a atuação do Quinto Andar, ao aumentar a eficiência do processo de aluguel, gera ganhos importantes para as famílias e para a economia como um todo, reduzindo perdas significativas para proprietários e otimizando a ocupação dos imóveis disponíveis", afirmou.
De acordo com os pesquisadores, a receita média com aluguel no Brasil é de R$ 1.996,00, refletindo a soma de todas as regiões e faixas de renda. Em São Paulo, esse valor é de R$ 2.651,00. Na visão de Domingues, “os resultados destacam a importância de estratégias para a redução do tempo de vacância dos imóveis, tanto do ponto de vista dos proprietários, que enfrentam perdas financeiras significativas, quanto do mercado imobiliário como um todo”, disse.
Considerada a Quinto Andar, a maior plataforma de consultoria imobiliária da América Latina, o estudo também mostra que a empresa injetou mais de R$ 10 bilhões na economia brasileira nos últimos quatro anos. Trata-se de um impacto de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do País. O valor, de acordo com os autores do estudo, equivale à metade do PIB do setor têxtil brasileiro ou ao PIB de todo o setor de fabricação de produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal.
Para Lucas Lima, Chief Operating Officer (Coo) do Quinto Andar, os números mostram a importância da empresa não apenas no mercado imobiliário, mas em diversos outros setores da economia brasileira.
“Já ajudamos mais de 2 milhões de pessoas a encontrar um lar e facilitamos a jornada de muitas outras que precisaram colocar um imóvel para alugar ou vender, além de gerar renda para proprietários e diversos outros parceiros. Mas os dados mostram que esse impacto vai além dos nossos clientes e do setor de serviços, beneficiando diversas outras pessoas e segmentos ao longo de toda a cadeia produtiva brasileira”, comentou Lima.
O levantamento traz que apenas entre os anos de 2021 e 2024 foram gerados 105 mil empregos diretos e indiretos pela consultoria imobiliária. Os dados revelam ainda um impacto significativo da empresa no consumo das famílias (R$ 4,6 bilhões).
Além do setor de serviços (com R$ 7,8 bilhões de impacto) - principal área de atuação da empresa -, os dados mostram uma contribuição expressiva na indústria (R$ 2,1 bi) e, de forma indireta, até mesmo no setor agropecuário (cerca de R$ 80 milhões).
Para os pesquisadores da UFMG, a atividade da consultoria imobiliária também estimulou a arrecadação de impostos em R$ 560 milhões (ICMS, ISS, Ipi e Pis-Cofins) - tanto a direta como a gerada pela propagação dos efeitos no consumo das famílias e na produção dos demais setores.
“Ver o Quinto Andar impulsionar a economia e simplificar a moradia para milhões de pessoas é o que nos move. Continuaremos investindo em tecnologia e processos para garantir que inquilinos, compradores, proprietários, imobiliárias e corretores tenham uma experiência mais segura, eficiente e sem burocracia, ajudando cada vez mais brasileiros a amar o lugar onde moram”, afirmou o Coo da consultoria imobiliária.
Impacto regional
Somente em São Paulo, foram movimentados R$ 7 bilhões - destes, R$ 5,4 bilhões apenas no setor de serviços. Além disso, foram gerados 52 mil empregos diretos e indiretos (de 2021 a 2024) no estado. Isso equivale a toda a ocupação do setor de metalurgia paulista.
Já no Rio de Janeiro a proptech injetou R$ 727 milhões na economia nos últimos quatro anos. O valor se deve majoritariamente aos ganhos observados no consumo das famílias (cerca de R$ 245 milhões). Também foram gerados pela consultoria, de 2021 a 2024, 17 mil empregos diretos e indiretos no estado. Em Minas Gerais, o impacto foi de R$ 419 milhões no mesmo período. Foram gerados 23 mil empregos diretos e indiretos no estado.
Metodologia
Para estimar o impacto da operação da empresa no Brasil foram calculados os efeitos econômicos em indicadores relevantes, como PIB, emprego, renda, consumo das famílias e investimento. Foi utilizado um modelo de equilíbrio geral computável (EGC) inter-regional. Os resultados representam os impactos totais sobre a economia, isto é, refletem tanto os efeitos diretos (relacionamento com fornecedores de insumos), indiretos (impactos ao longo de toda a cadeia de suprimentos e produtiva) e induzidos (decorrente do maior consumo das famílias).

Foto: Arquivo
De acordo com os pesquisadores, a receita média com aluguel no Brasil é de R$ 1.996,00, refletindo a soma de todas as regiões e faixas de renda









