7/11/2025 10:31:34
Como conflitos internos e convivência tensa podem impactar os moradores
Por: Dinho Garcia
Viver em condomínio significa compartilhar espaços e regras com pessoas diferentes
Hábitos, rotinas e personalidades diferentes envolvem a convivência dos moradores em condomínio, pois devem compartilhar espaços e regras. Embora a relação possa ser harmoniosa, conflitos internos, síndicos autoritários, barulho excessivo ou disputas sobre áreas comuns podem afetar a saúde mental de condôminos e inquilinos, gerando estresse, ansiedade e até problemas mais graves.
Segundo a a advogada Juliana Teles, especializada em direito condominial, “o condomínio é um microcosmo da sociedade. Desentendimentos frequentes ou uma gestão autoritária podem gerar impactos psicológicos sérios. O síndico tem uma responsabilidade indireta nesse contexto, porque deve zelar pela convivência pacífica e prevenir situações que afetem o bem-estar dos moradores”, afirmou.
Principais causas de estresse e conflitos
Síndico autoritário ou ausência de transparência: decisões unilaterais podem gerar ressentimento.
Barulho e desrespeito às regras de convivência: festas, reformas fora do horário e som alto constante.
Uso inadequado das áreas comuns: disputas por salões de festas, piscinas ou academias.
Relacionamentos conflituosos entre vizinhos: fofocas, brigas e perseguições.
Responsabilidade do síndico
A advogada explicou que, além de zelar pela infraestrutura, o síndico deve prevenir conflitos e agir de forma ética e transparente. Para Teles, “o síndico não pode intervir diretamente na saúde mental de cada morador, mas tem o dever de criar um ambiente seguro e respeitoso. Isso inclui aplicar regras de convivência de forma justa, mediar conflitos e orientar os moradores sobre limites de comportamento”.
Em casos extremos, disputas reiteradas podem gerar ações judiciais, tanto por danos morais quanto por descumprimento de regras do condomínio.
A seguir, a especialista cita algumas medidas práticas a serem adotada pelos síndicos
1 - Regimento interno claro: estabelecer regras objetivas sobre barulho, uso de áreas comuns e horários de reformas.
2 - Canal de comunicação eficiente: permitir que moradores registrem reclamações ou sugestões de forma formal.
3 - Mediação de conflitos: quando necessário, contratar profissionais para intermediar disputas.
4 - Transparência em assembleias: decisões participativas reduzem tensões e fortalecem a convivência.
5 - Eventos e integração: promover ações que incentivem boa convivência entre moradores.
Comportamento sugerido aos moradores
Respeitar regras de convivência e horários de silêncio.
Buscar diálogo respeitoso antes de formalizar reclamações.
Participar de assembleias para conhecer direitos e deveres.
Procurar apoio psicológico caso o estresse decorrente do ambiente se torne intenso.
Por fim, Teles reforçou que a saúde mental é um fator estratégico na convivência condominial. “Um condomínio bem administrado, com regras claras e mediação eficiente, não apenas reduz riscos legais, mas também protege o bem-estar dos moradores. Síndicos e condôminos (e inquilinos) precisam lembrar que a convivência saudável depende do equilíbrio entre direitos individuais e responsabilidade coletiva.”
Divulgação (AI)

"... Desentendimentos frequentes ou uma gestão autoritária podem gerar impactos psicológicos sérios ..."








