BEM ESTAR
3/7/2025 10:55:55
Advogada defende uso de aplicativos na gestão dos condomínios
Por: Dinho Garcia
A adoção de plataformas digitais para a administração dos condomínios, segundo dados do Secovi-SP, sindicato que representa as incorporadoras imobiliárias no Estado de São Paulo, já chegou a 72% dos edifícios residenciais e comerciais do País. O levantamento foi divulgado por uma advogada que atua junto ao segmento condominial: "a tecnologia não é mais um diferencial, mas uma necessidade para condomínios que desejam eficiência, transparência e redução de conflitos", defendeu.
Para justificar sua posição de que os aplicativos de gestão condominial estão revolucionando esses espaços coletivos, Juliana Teles enumerou aspectos, que segundo ela mostra essa realidade.
Uma revolução digital
Na avaliação da advogada, os aplicativos de gestão condominial surgiram como resposta a três grandes desafios: Comunicação descentralizada entre moradores, Burocracia nos processos administrativos, Dificuldade no controle financeiro.
Baseando-se nos dados apresentados pelo levantamento do sindicato, que é de 2025, a advogada disse que 68% dos condomínios reportam redução de 30% no tempo gasto com administração após adoção dos aplicativos, 55% diminuíram em 40% os conflitos entre moradores e 89% aumentaram a taxa de cobrança condominial.
Principais benefícios
Para Teles, a adoção das plataformas digitais melhorou a comunicação, com a centralização de avisos e circulares, envio de notificações urgentes e definição de canais segmentados (síndico, moradores, funcionários).
"A comunicação digital reduz mal-entendidos e garante que informações importantes cheguem a todos simultaneamente", comentou Teles. A profissional ainda citou a gestão financeira transparente, emissão e pagamento de boletos online, acompanhamento em tempo real das contas e a emissão de relatórios automáticos de inadimplência.
Quanto à gestão das áreas físicas do prédio, os aplicativos oferecem, segundo a advogada, controle e confirmação instantâneas das reservas à utilização das áreas comuns, com agenda digital para salão de festas, quadras e piscinas, além de sistema de avaliação pós-uso.
Quanto às funcionalidade essenciais que todo app condominial deveria ter, a experiência da advogada no segmento de condomínios sugere a importância de um módulo financeiro completo, sua integração com bancos, emissão de carnês digitais, relatórios personalizados, portaria virtual, registro de visitantes, controle de entregas, aprovação remota de acessos, documentação digital, armazenamento seguro de atas, acesso à convenção e regulamento, histórico de deliberações, manutenção preventiva, agenda de vistorias, registro de ocorrências e acompanhamento de serviços.
Aspectos jurídicos e de segurança
Teles alertou para “a escolha do aplicativo (que) deve considerar a conformidade com a LGPD (Lei Geral de Processamento de Dados). (Pois) dados de moradores são sensíveis e exigem proteção especial." Ela também sugeriu a presença de checklist de segurança, com Criptografia de ponta a ponta, servidores no Brasil, termos de uso claros e política de privacidade transparente.
Quanto à adoção das tecnologias para o condomínio, Teles sugeriu a opção “por sistemas que ofereçam suporte técnico permanente e atualizações constantes. A tecnologia avança rápido e seu condomínio não pode ficar para trás. Os aplicativos condominiais representam a evolução natural da administração predial. Eles não substituem o síndico, mas potencializam seu trabalho, trazendo eficiência, organização e, principalmente, transparência para a gestão condominial", concluiu Juliana Teles.
Divulgação

Para a advogada, os aplicativos surgiram como resposta a três grandes desafios: Comunicação descentralizada entre moradores, Burocracia nos processos administrativos, Dificuldade no controle financeiro
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Teles alertou para “a escolha do aplicativo (que) deve considerar a conformidade com a LGPD (Lei Geral de Processamento de Dados)"