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31/10/2025      10:30:09

 

 

Como a arquitetura pode reduzir o barulho que vem de dentro e de fora do apê

Por: da Redação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Levanta a mão quem não se incomoda por causa dos barulhos enquanto está no apartamento, seja dentro no condomínio, com as más condutas dos vizinhos – ou pela própria movimentação da cidade, do lado de fora de nossas janelas. Esse cenário pode trazer Irritabilidade, falta de concentração e do descanso que precisamos para uma vida mais saudável.

 

O barulho dentro de um apartamento pode deixar de ser um problema pontual e tornar-se cotidiano, especialmente, nas metrópoles. O crescimento urbano e o adensamento dos bairros fizeram com que os ruídos se multiplicassem, vindos tanto de fora quanto de dentro dos próprios prédios.

 

Para a arquiteta Natália de Souza, da Resiliart Arquitetura, essa é uma consequência direta da forma como vivemos hoje. “As cidades estão crescendo, as casas estão sendo substituídas por prédios e as pessoas estão morando cada vez mais perto umas das outras. Naturalmente, amplia-se o incômodo sonoro”, disse.

 

Poluição sonora e saúde

 

Para mostrar que barulhos constantes e em excessos não são meros problemas de insatisfação, um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que sons altos e repetitivos desencadeiam estresse crônico, o que pode incorrer em fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração e distúrbios no sono.

 

Com o tempo, esse desgaste pode associar-se a problemas mais graves como hipertensão, doenças cardiovasculares, transtornos psicológicos, comprometimento cognitivo e até alterações no metabolismo.

 

Janelas ajudam, mas o isolamento vai além

Entre as soluções mais conhecidas, as janelas acústicas aparecem como um recurso eficiente, mas não infalível. A arquiteta diz que elas diminuem muito o barulho e, mesmo não isolando totalmente os sons, ainda assim é melhor tê-las.

A profissional também enumera a incorporação de itens como vedadores de portas para reduzir a onda sonora que passa no vão inferior, além de cortinas mais encorpadas. “Modelos mais grossos auxiliam e tornam o cômodo mais aconchegante”, sugeriu.

 

Materiais e revestimentos que fazem diferença

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A conquista do bem-estar acústico não depende apenas das janelas e começa desde a escolha dos materiais de construção e acabamento. Souza explicou que janelas de alumínio, portas de MDF, que são ‘ocas’ por dentro, e as paredes de drywall, executadas sem o devido isolamento, a partir de testes de performance dos fabricantes, são ávidos condutores de som. “O envidraçamento de sacadas também é um vilão nesse quesito”, contou.

 

Nos pisos, a arquiteta recomendou atenção redobrada, principalmente, em apartamentos. Com o arrastar dos móveis, pisos de madeira, porcelanato e laminado reproduzem, entre outras situações, um grande terror para o vizinho do andar inferior. Conforme a profissional, os pisos vinílicos ajudam muito com a redução desses ruídos, ainda mais quando estão acompanhados por tapetes, pois se tornam mais um canal para absorver o som e reduzir sua reverberação nos espaços.

 

Ruído doméstico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Souza contou que nos projetos que apresenta, alguns barulhos do dia a dia, como o da máquina de lavar, podem ser minimizados com medidas previstas ainda na fase de planejamento do ambiente. “Um planejamento bem executado leva em conta o posicionamento dos cômodos e a instalação correta dos equipamentos”, comentou.

 

No caso dos apartamentos, que já apresentam o espaço determinado para os equipamentos domésticos, pequenos cuidados são determinantes para o bom relacionamento com a vizinhança. Entre eles, a arquiteta citou o uso de protetores para os pés de cadeira – que podem ser de feltro ou silicone, entre outros, o tamponamento da geladeira e da lava e seca. Esse processo consiste em incluir um MDF, previsto no projeto de marcenaria, na lateral do eletrodoméstico. Ainda sobre a lava e seca, o ajuste dos pezinhos, que podem trepidar durante o seu funcionamento, é fundamental.

 

Bom senso

 

Nem tudo depende da arquitetura, já que parte do silêncio vem do comportamento. “Evitar usar máquina de lavar, liquidificador ou outros eletros depois das 22h é um sinal de respeito”, opinou a profissional.

 

Por fim, a arquiteta acrescentou que andar de salto nesses horários também é algo a se pensar, já que o toc toc do calçado atravessa lajes e paredes com facilidade. “Às vezes não é falta de isolamento, mas a ausência de atenção para com o próximo. O silêncio também é uma forma de convivência”, lembrou.

Foto: Kelly Queiroz (Divulgação)

Entre as soluções mais conhecidas, as janelas acústicas aparecem como um recurso eficiente, mas não infalível

Foto: Freepik (Divulgação

Dentre as soluções para reduzir o barulho ao andar estão os pisos vinílicos, que podem substituir a madeira e o porcelanato 

Foto: Freepik (Divulgação)

Na área de serviço, a arquiteta Natália de Souza sempre faz o tamponamento da máquina e mantém os pés nivelados para evitar vibrações

4/10/2025      14:31:12

 

 

Falta de medição individual de água e gás pode desvalorizar o condomínio

Por: da Redação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No cenário atual do mercado imobiliário, a busca por soluções que agreguem eficiência, transparência e sustentabilidade aos condomínios é constante. A individualização de água e gás nos edifícios surge como uma estratégia eficaz para atender a essas demandas, proporcionando benefícios tanto para moradores quanto para investidores e administradoras.

 

O que é a individualização de água e gás?


Jailton Pereira da Silva, executivo da LiveT, empresa especializada na instalação desses equipamentos, explicou que a individualização consiste na implantação de medidores individuais de água e gás em cada unidade (apartamento) de um condomínio. Essa prática permite que cada morador pague exclusivamente pelo consumo de sua unidade, eliminando a divisão proporcional dos custos entre todos os moradores.


Valorização do imóvel


Estudos indicam que imóveis com sistemas de medição individualizada tendem a ser mais valorizados no mercado imobiliário. Isso ocorre porque a individualização oferece maior controle sobre os custos, transparência nas cobranças e incentiva o uso consciente dos recursos, características consideradas altamente valorizadas por compradores e investidores.


Redução de consumo e economia financeira


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A implementação de medidores individuais pode resultar em uma redução significativa no consumo de água e gás. Dados apontam que condomínios que adotam a individualização conseguem reduzir o consumo de água em até 40% e o de gás em até 20%. Essa diminuição não apenas gera economia para os moradores, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental.


Justiça na cobrança e redução de conflitos


A cobrança individualizada elimina a sensação de injustiça entre os moradores, especialmente, em casos onde há grandes variações no consumo entre as unidades. Isso resulta em um ambiente mais harmonioso e diminui a ocorrência de disputas relacionadas às despesas do condomínio.


Facilidade na detecção de vazamentos e manutenção


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com medidores individuais, é possível identificar com agilidade qualquer anomalia no consumo, como vazamentos ou uso excessivo de água e gás. Essa detecção precoce permite ações corretivas imediatas, evitando desperdícios e custos adicionais para o condomínio.


Conformidade com a legislação vigente


A Lei 13.312/2016, sancionada em 2016 e em vigor desde julho de 2021, estabelece a obrigatoriedade da medição individualizada de água em condomínios novos. Embora a legislação não faça a mesma exigência para edifícios antigos, a adoção voluntária desse sistema está em conformidade com as diretrizes de sustentabilidade e eficiência energética preconizadas pelo novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14.026/2020).


A individualização de água e gás em condomínios não é apenas uma tendência, mas uma estratégia inteligente por agregar valor ao imóvel, promove economia financeira, incentiva práticas sustentáveis e melhora a convivência entre os moradores.

Para síndicos, administradoras e investidores, implementar essa solução representa um investimento que traz retorno garantido, tanto no aspecto financeiro quanto na valorização do imóvel.

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Sistema individualizado que mede o consumo de gás

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Com medidores individuais, é possível identificar com agilidade qualquer anomalia no consumo, como vazamentos ou uso excessivo de água (foto) e gás

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A individualização de água e gás em condomínios não é apenas uma tendência, mas uma estratégia inteligente por agregar valor ao imóvel, defendeu Jailton pereira da Silva (foto)

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