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SEGURANÇA

24/9/2024      17:20:33

 

 

O desafio dos idosos na valorização do bem-estar nos condomínios

Por: da Redação

 

Dia Nacional do Idoso, que será lembrado em 1º de outubro, traz a importância da valorização desse público para encontrar nos condomínios vantagens que atendam às suas necessidades

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Associação que representa administradoras de condomínios em São Paulo divulgou dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que revelam, entre 2000 e 2023, a proporção de idosos (60+) na população brasileira quase duplicou, passando de 8,7% para 15,6%. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do País serão idosos, ou seja, um terço da população. “Até 2070, nossa pirâmide populacional estará totalmente invertida”, afirmou o pesquisador Márcio Mitsuo Minamiguchi, do IBGE.

 

No próximo mês, em 1º de outubro, serão celebrados o Dia Internacional das Pessoas Idosas e o Dia Nacional do Idoso, datas que trazem a reflexão sobre a importância de promover uma qualidade de vida digna e confortável para a população idosa. Em um cenário em que o envelhecimento da população é uma realidade crescente, muitos idosos estão optando por viver em condomínios, atraídos pelas vantagens que esses ambientes oferecem, como segurança, acessibilidade e facilidades que atendem às suas necessidades específicas.

 

“Transformar o condomínio em um ambiente acolhedor melhora não só a qualidade de vida dos idosos, mas também cria um ambiente inclusivo e seguro que pode beneficiar todos os moradores do condomínio e que, inclusive, também chegarão a essa fase da vida”, defendeu Omar Anauate, presidente da Aabic.

 

No contexto da mobilidade, entre os pontos principais estão a instalação de rampas de acesso em substituição às escadas, respeitando as normas técnicas de inclinação máxima; pisos antiderrapantes para evitar escorregões e quedas; corrimãos em ambos os lados das escadarias, e a adaptação das portas, que devem ser largas o suficiente para a passagem de andadores ou cadeiras de rodas, além de banheiros nas áreas comuns com barras de apoio.

 

Iluminação suficiente e bem-posicionada em áreas comuns, escadas e entradas também se faz necessária para evitar acidentes. Alarmes de emergência em áreas comuns e botões de chamada em unidades residenciais para emergências também é uma medida importante.

 

A comunicação também precisa de atenção, com sinalização clara e legível nas áreas comuns e em elevadores, com fontes grandes e contrastantes. Na questão de conforto e bem-estar, áreas externas bem cuidadas, com bancos e caminhos acessíveis proporcionam um ambiente agradável ao ar livre.

 

A adequação nos condomínios, no entanto, é vista como um desafio. Anauate ressaltou que promover a acessibilidade não é tarefa simples, especialmente, em unidades mais antigas, pois exige um investimento considerável e pode gerar transtornos durante o período de obras. Ele afirmou que essas ações demandam um planejamento de curto, médio e longo prazo, e o sucesso do empreendimento depende do engajamento de todos. “É importante criar uma cultura de acessibilidade entre os funcionários e os moradores, para que todos entendam que as adaptações não são apenas uma obrigação legal, mas um dever social e uma atitude de empatia”, disse.

 

As perspectivas

 

Otimista, o presidente da Aabic vê muitas construtoras estão investindo em acessibilidade nos novos projetos, antecipando-se às demandas futuras. “Essa iniciativa não apenas evita a necessidade de reformas posteriores, como também assegura que os condomínios estejam prontos para acolher moradores de todas as idades com segurança e dignidade. Ao incorporar elementos como rampas, elevadores adaptados, barras de apoio em banheiros e áreas comuns acessíveis desde o início do planejamento, as construtoras atendem a uma expectativa crescente dos consumidores por espaços que promovam qualidade de vida e autonomia”, pontuou.

 

Anauate lembrou ser fundamental que as construtoras compreendam que a acessibilidade não é apenas uma obrigação legal, mas uma demanda real do mercado. “Os compradores de imóveis estão cada vez mais conscientes e buscam espaços que ofereçam qualidade de vida e autonomia, especialmente para seus familiares idosos”, afirmou.

 

Acessibilidade

 

Muitas pessoas acreditam que, por não serem idosas, a acessibilidade não diz respeito a elas. No entanto, esquecem-se de que, a qualquer momento, podem sofrer um acidente, uma doença ou mesmo enfrentar limitações temporárias que exigem adaptações no ambiente ao seu redor. “Além disso, todos nós temos entes queridos que, com o tempo, podem enfrentar desafios de mobilidade. Portanto, criar ambientes acessíveis é garantir que todos, em qualquer fase da vida, possam desfrutar plenamente de suas casas e da convivência em comunidade. A acessibilidade deve ser uma prioridade para todos nós, não apenas para aqueles que já precisam dela”, conclui Anauate.

 

O presidente Aabic acredita que a acessibilidade é um tema que envolve a todos, pois em diferentes momentos da vida podemos enfrentar situações que nos levem a precisar de ambientes adaptados. Embora muitos pensem que a acessibilidade está relacionada apenas a idosos ou pessoas com deficiência permanente, imprevistos como acidentes, doenças ou limitações temporárias podem afetar qualquer pessoa.

Freepik (Divulgação)

No próximo mês, serão celebrados o Dia Internacional das Pessoas Idosas e o Dia Nacional do Idoso, datas que trazem a reflexão sobre a importância de promover uma qualidade de vida a população idosa

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