MERCADO
9/2/2025 10:26:10
Minimercados em Condomínios: Vantagens ou Desvantagens?
Por: da Redação
Com uma perspectiva de aumento da presença dos minimercados autônomos nos condomínios, muitos síndicos e mesmo moradores ainda estão avaliando a possibilidade de receberem esses estabelecimentos. Uma das críticas manifestadas refere-se aos preços praticados. Segundo Guilherme Mauri, Ceo da franqueadora de minimercados autônomos Minha Quitandinha, que atua em todo o País, a proposta traz conveniência para os moradores, ajuda a gerar uma receita extra ao condomínio, e contribui para o senso de comunidade. Entretanto, a seguir, o executivo procura esclarecer questões que, segundo ele, ainda provocam dúvidas junto aos condôminos.
Folha do Condomínio (FdC) - O que o condomínio precisa oferecer para a instalação da loja?
Gulherme Mauri - O condomínio só precisa disponibilizar um espaço pequeno, qualquer espaço a partir de 2 m², para que a loja seja instalada. Esse espaço pode ser uma sala não utilizada, um corredor, ou até uma vaga de garagem. A partir daí, a franquia Minha Quitandinha faz todo o trabalho: nós fornecemos o projeto arquitetônico (que pode ser pré-aprovado pelo condomínio) e instalamos os equipamentos necessários. O condomínio não tem nenhum custo com a instalação nem com a operação da loja.
FdC - Quem gerencia a loja?
Gulherme Mauri - A loja é gerenciada por um franqueado, que é um empresário independente e responsável pela operação. Esse empresário investiu seu dinheiro na construção e operação dessa loja, por isso, fará de tudo para que a loja seja um sucesso! Ele visita a loja duas a três vezes por semana para reposição de produtos, limpeza, e organização geral. Além disso, o franqueado cuida de promoções, eventos e da interação com os moradores, criando um senso de parceria com o condomínio. Não há funcionários no local e a reposição de produtos é feita diretamente pelo franqueado, sem que fornecedores entrem na loja.
FdC – Quanto ao preço dos produtos, compensa, como o valor é definido?
Guilherme Mauri - A ideia é de que os preços dos produtos estejam em linha com os preços praticados em mercadinhos de bairro. Mais baratos do que conveniências de posto.
FdC - Existe alguma responsabilidade financeira para o condomínio?
Guilherme Mauri - Não. Todo o investimento inicial, incluindo obras, equipamentos e produtos, é feito pela franqueadora e pelo franqueado. Além disso, parte da receita gerada pela loja retorna para o condomínio, ajudando a reduzir custos ou até a gerar renda extra.
FdC - E quanto à legalidade de uma loja dentro do condomínio?
Guilherme Mauri - Não há nenhum problema legal em ter um minimercado dentro do condomínio. O CNPJ da franquia é o responsável pela atividade comercial, e o condomínio simplesmente cede o espaço para a operação. Essa modalidade já é amplamente utilizada e regularizada.
FdC - Como o franqueado pode se integrar à vida do condomínio?
Guilherme Mauri - O franqueado pode ser um grande parceiro para o condomínio. Ele pode organizar eventos como degustações, decorações temáticas para datas comemorativas (como Dia dos Pais, Natal, etc.), além de promoções especiais para os moradores. Isso contribui para um maior senso de comunidade e engajamento, tornando o minimercado uma peça importante na rotina do condomínio.
FdC - O condomínio e condôminos podem participar da loja?
Guilherme Mauri - Sim! Como mencionamos, anteriormente, o condomínio pode aprovar o projeto arquitetônico da loja e dar seus palpites e os produtos disponibilizados na loja podem ser escolhidos pelo síndico e moradores. Temos nossas sugestões de mix de produtos, mas cada local poderá escolher caso não queira algum tipo de produto específico por exemplo! E cada loja tem um mix de produtos pensado para aquele grupo de moradores, com preços atraentes, e sempre se adaptando ao grupo de moradores!
Ao concluir, Mauri voltou a defender a instalação de minimercados autônomos em condomínios ou empresas, pois, de acordo com ele, trata-se de “uma solução vantajosa tanto para os moradores, usuários, quanto para o síndico”.
Sobre a participação do franqueado como parceiro, defendeu que o condomínio não só ganha em conveniência e receita, mas, também, fortalece a interação comunitária. “É uma oportunidade para modernizar a gestão e oferecer mais comodidade sem custo adicional”, concluiu o Ceo da Minha Quitandinha.
Sobre a Minha Quitandinha
Com 240 lojas em operação e 35 em fase de implantação no País, a Minha Quitandinha, é uma startup de tecnologia em varejo que atua no modelo de franquia de minimercado autônomo, ultrapassou o plano inicial de chegar a 255 lojas implantadas até o final de 2024. A nova meta agora é atingir 300 lojas em operação.
A expansão da rede vem acompanhada do faturamento de R$ 16 milhões no primeiro semestre de 2024, marcando um crescimento de 95% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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"A ideia é de que os preços dos produtos estejam em linha com os preços praticados em mercadinhos de bairro. Mais baratos do que conveniências de Posto", disse Mauri
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Guilherme Mauri, Ceo da franqueadora Minha Quitandinha