top of page

16/4/2025      10:50:44

 

 

Mostra traz olhar indígena na autoria de filmes no CCBB-SP

Por: da Redação

 

Com entrada gratuita, a expectativa é de que os 33 filmes e debates apresentados contribuam para um maior conhecimento e reflexão sobre a produção cinematográfica de autores e autoras indígenas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB-SP) recebe a inédita mostra "Cosmologias da Imagem: cinemas de realização indígena", de 26 de abril a 25 de maio, com 33 filmes, entre 12 longas e 21 curtas e médias-metragens, destacando o movimento cinematográfico indígena, com filmes experimentais, documentários e filmes-performance. 

 

Na abertura, às 18h, serão exibidos “Drill de Kaysara, o Filme” e “Tupinambá na Baixada Santista”, mini-documentários musicais, em formato de clipe de rap, realizados pelo grupo Wescritor, artistas tupinambá da Baixada Santista; “Aguyjevete Avaxi’i”, de Kerexu Martin, uma celebração da retomada do plantio das variedades do milho tradicional do povo Guarani M'Bya na aldeia Kalipety; e “Kaapora, o Chamado das Matas”, de Olinda Tupinambá, sobre a ligação dos povos indígenas com a terra e sua espiritualidade. A sessão será comentada pelas diretoras e diretores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O evento reúne cineastas de diversos povos e de regiões como Maxakali/Tikmũ'ũn, Kuikuro, Yanomami, Mbya-Guarani, Guarani Nhandeva, Tupinambá, Karapotó, Awa Guajá/Tentehara/Guajajara, Huni Kuin, Xakriabá, Mebêngôkre-Kayapó, Baniwa, Krahô, Xavante, Tupi, Fulni-ô e Kaiabi. A seleção cinematográfica apresenta uma linguagem inovadora que transforma a narrativa audiovisual, dando visibilidade à multiplicidade de formas de expressão e resistência cultural dos povos oroginários.

 

A programação, composta por 17 programas organizados de acordo com os povos indígenas representados na mostra, está organizada nos seguintes eixos temáticos: Terra e Território: Brasil é Terra Indígena, que explora a conexão dos povos com suas terras; Direito à Diferença: Nosso Modo de Vida, Nossas Festas, Nossos Rituais, celebrando as tradições e rituais indígenas; Fluidez da Forma: Encenações e Performance nos Cinemas Indígenas, que destaca as manifestações artísticas nas produções cinematográficas; Cinemas da Floresta, do Sonho e da Luta, que aborda as narrativas de resistência e desafios dos povos indígenas; e Para Adiar o Fim do Mundo, que propõe uma reflexão sobre o futuro e o protagonismo indígena.

 

Entre os destaques, estão os longas “A Transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho (RS), que se passa em uma comunidade Mbyá-Guarani na fronteira entre Brasil e Argentina, e narra a história de Canuto, um homem transformado em onça e morto tragicamente, e “Yvy Pyte - Coração da Terra”, de Alberto Alvares e Guilherme Cury, que percorre as terras Guarani, rompendo fronteiras físicas e simbólicas. Também se destacam os filmes “Ibirapema”, de Olinda Tupinambá (Bahia), “Tuíre Kayapó - O gesto do facão”, do Coletivo Beture de Cineastas Mebêngobrê-Kayapó (Pará), “Abdzé Wede’õ – O Vírus Tem Cura?”, de Divino Tserewahú / Xavante (Mato Grosso), “Mãri hi – A árvore dos sonhos”, de Morzaniel Ɨramari Yanomami (Roraima), “Yuri uxëatima thë - A Pesca com Timbó”, de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami (Roraima), e “Thuë pihi kuuwi - Uma Mulher Pensando”, de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami (Roraima). Os dois últimos curtas são os primeiros filmes dirigidos e filmados por mulheres Yanomami.

 

A curadoria, realizada por Olinda Tupinambá e Júnia Torres, propõe uma reflexão profunda sobre a pluralidade das culturas indígenas e seus novos protagonismos no cinema. De acordo com Torres, “ao partilhar este conjunto de filmes procuramos contribuir para tornar mais visível o atual e importante movimento de ‘demarcação das telas por um novíssimo cinema brasileiro’ - como o definiu Ailton Krenak", observou.

 

Os filmes selecionados abordam temas como terra, território, rituais e a relação dos povos com a natureza, sempre a partir de uma perspectiva interna, de auto-representação.

 

“O cinema indígena apresenta um olhar de descolonização à imagem dos indígenas. É extremamente importante que os povos possam fazer seus próprios filmes, é importante pensar em distribuir essas produções, pois só assim teremos a possibilidade de fortalecer o cinema nacional feito pelos povos indígenas”, completou Tupinambá.

 

Atividades Paralelas

 

Além dos filmes, a programação inclui atividades paralelas, como a mesa-redonda no dia 30/4, quarta-feira, às 18h, com o tema 'Cosmologias nas imagens, política das imagens, lutas e conquistas indígenas', com as participações de Olinda Tupinambá, cineasta indígena e curadora da mostra, Sérgio Yanomami, cineasta indígena, Vincent Carelli, indigenista e documentarista, e mediação da curadora Júnia Torres. Também haverá uma sessão com medidas de acessibilidade [legendagem descritiva].

 

A realização da mostra é da Filmes de Quintal, com a coordenação de Júnia Torres, produção de Arthur Medrado, Cora Lima e Clara Olac, e a produção executiva de Tatiana Mitre para a Amarillo Produções. A programação está disponível no catálogo virtual, que poderá ser baixado gratuitamente durante o período do evento.

 

Serviço

 

MOSTRA DE CINEMA: "Cosmologias da Imagem: cinemas de realização indígena"

 

ONDE: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, na rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico de São Paulo . Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras. Entrada acessível a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

(11) 4297-0600.

 

QUANDO: 26 de abril a 25 de maio.

 

INGRESSO: entrada gratuita.

 

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: todos os filmes são Livres, exceto “A Transformação de Canuto” e “Ibirapema” (14 anos).

 

ESTACIONAMENTO: o CCBB-SP possui estacionamento conveniado na rua da Consolação, 228 (R$ 14,00 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB-SP). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h. No mesmo local há deslocamento gratuito via Van – ida e volta, com parada no Metrô República – até o CCBB-SP.

Divulgação

São 33 filmes, entre 12 longas e 21 curtas e médias-metragens, destacando o movimento cinematográfico indígena, com experimentais, documentários e performances

Divulgação

Os filmes selecionados abordam temas como terra, território, rituais e a relação dos povos com a natureza, sempre a partir de uma perspectiva interna, de auto-representação

PUBLICIDADE

Banner Dado 6.jpg
Banner do anunciante Sicon
bottom of page