27/12/2024 11:29:12
O condômino, a economia da água e o seu consumo
Por: da Redação
A conta de água representa, em média, 17% das despesas de um condomínio, o que faz com que esse tema seja frequentemente debatido em assembleias e entre os condôminos. A forma como o consumo é calculado e rateado, geralmente, pela fração ideal ou pelo número de unidades, muitas vezes não reflete o uso real de cada apartamento, especialmente, em edifícios que não possuem medição individualizada.
A medição individualizada, que é obrigatória em novas construções conforme a Lei 13.312/2016, é considerada por especialistas a forma mais eficiente e justa de controlar o consumo. No entanto, Rosely Schwartz, professora do curso de Administração de Condomínios e Síndico Profissional da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), disse que condomínios mais antigos enfrentam dificuldades para adotar esse modelo, devido ao alto custo de instalação e limitações estruturais.
De acordo com Schwartz há diversas ações práticas e acessíveis para reduzir os gastos com água, estimulando o consumo consciente:
Instalar Dispositivos Economizadores - Redutores de vazão em torneiras e chuveiros, bem como sistemas de duplo comando em vasos sanitários, ajudam a diminuir o consumo sem comprometer o conforto dos moradores;
Aproveitar a Água da Chuva - A captação de água pluvial para atividades como regar jardins e limpar áreas comuns é uma solução sustentável que, além de reduzir custos, colabora para mitigar enchentes. Contudo, Rosely ressalta a importância de clorar essa água e identificar claramente as tubulações para evitar seu uso inadequado;
Promover Campanhas de Conscientização - A educação dos condôminos e inquilinos é essencial para incentivar hábitos sustentáveis. O síndico pode lembrar, por exemplo, que o consumo diário recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é de 110 litros por pessoa e propor desafios para reduzir o desperdício;
Monitorar Vazamentos - Realizar leituras regulares do consumo de água no condomínio pode ajudar a identificar vazamentos e evitar despesas desnecessárias. O síndico deve inspecionar tanto as áreas comuns quanto as unidades em caso de anomalias no consumo.
A especialista também destaca que mudanças de comportamento dentro das unidades são fundamentais para alcançar uma economia significativa. "Ações simples, como tratar a água de pequenas piscinas em vez de descartá-la e usar máquinas de lavar com carga completa, fazem a diferença tanto para o bolso quanto para o meio ambiente", destacou Schwartz.
Segundo ela, outro ponto importante é o uso racional dos recursos na gestão condominial. A professora da Fecap sugere que síndicos implementem soluções inteligentes e inovadoras, como aplicativos para monitoramento de consumo e manutenção preventiva, além de envolver a comunidade condominial na criação de regras mais transparentes e democráticas.
"Economizar água é uma responsabilidade coletiva que requer esforço conjunto. Quando todos se comprometem, os benefícios vão além da redução das contas: contribuímos para a preservação de um recurso essencial e promovemos uma convivência mais harmoniosa", concluiu Schwartz.
A professoara da Fecap é administradora, especialista em condomínios, contabilista, autora do livro Revolucionando o Condomínio. Autora dos cursos de Administração de Condomínios e Síndico Profissional na instituição de ensino superior.
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A forma como o consumo é calculado e rateado, geralmente, pela fração ideal ou pelo número de unidades, muitas vezes não reflete o uso real de cada apto...