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21/11/2025      10:40:34

 

 

O que pode aumentar ou reduzir o valor da taxa condominial

Por: Dinho Garcia

 

Além de uma gestão eficiente, comodidades como número de funcionários, serviços terceirizados piscina, academia, salão de festas e portaria 24 horas trazem reflexo direto na mensalidade que pesa no orçamento dos moradores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A taxa condominial, valor pago mensalmente para cobrir as despesas do prédio, pode variar significativamente de acordo com o tamanho do condomínio, os serviços oferecidos, a qualidade da administração e até o comportamento financeiro dos próprios condôminos.

 

De acordo com administradoras do setor, o valor médio da taxa de condomínio em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro pode representar até 30% do custo mensal de moradia de uma família. Em empreendimentos de alto padrão, o valor pode ultrapassar R$ 2 mil, enquanto em condomínios mais simples o custo gira em torno de R$ 400,00 a R$ 600,00.

 

“O valor do condomínio é um reflexo direto da estrutura que ele mantém e da eficiência da sua gestão”, contou Marcelo Assunção, Ceo de uma fintech, que oferece serviços financeiros para o segmento condominial.

 

Inadimplência é uma das vilãs

 

Para Assunção, um dos fatores que mais pressionam a taxa de condomínio é a inadimplência. “Quando há muitos moradores em atraso, as despesas não diminuem, e o valor acaba sendo diluído entre os que pagam em dia. É um efeito cascata que encarece o condomínio e dificulta o equilíbrio financeiro”, disse.

 

De acordo com relatório da administradora BRCondos, as maiores taxas estão na região Norte do País, com 16,82% de inadimplência, enquanto as menores estão na região Sul, com 4,66%. Já o Sudeste apresentou uma taxa de 10,75% e o Centro-Oeste uma taxa de 11,67%.

 

Ainda segundo esse levantamento, a inadimplência média nos condomínios brasileiros gira em torno de 12%, mas em regiões metropolitanas esse índice pode ultrapassar os 20%.

 

Para enfrentar o problema, muitas administradoras têm recorrido a empréstimos com taxas diferenciadas, voltados especificamente para o setor condominial. Interessado nesse mercado, Assunção apontou que essa alternativa tem se mostrado uma saída mais segura para equilibrar o caixa e evitar reajustes imediatos na taxa mensal.

 

“Essas linhas de crédito oferecem condições mais adequadas à realidade dos condomínios, que têm receitas previsíveis, mas sofrem com a inadimplência ou imprevistos de manutenção”, defendeu.

 

Segundo o executivo da fintech, o acesso a crédito sob medida ajuda os condomínios a preservar o fluxo de caixa e a planejar investimentos sem repassar custos extras aos moradores. “Quando o condomínio tem fôlego financeiro, ele consegue fazer obras, manter os serviços e evitar aumentos repentinos nas taxas. É uma questão de planejamento e de gestão responsável”, afirmou.

 

Gestão e transparência

 

Nos últimos anos, a digitalização da gestão condominial tem ajudado síndicos e administradoras a controlar melhor o orçamento. Aplicativos que centralizam boletos, comunicados, assembleias virtuais e relatórios financeiros têm se tornado comuns, permitindo mais transparência e previsibilidade.

 

Ainda conforme Assunção, “quando o morador entende para onde vai o dinheiro, ele participa mais e cobra menos por desconfiança. A transparência é um dos pilares para uma gestão eficiente”. Para o executivo, a tecnologia também facilita o acesso a produtos de crédito integrados ao sistema de gestão, o que, segundo ele, evita a necessidade de aumentos emergenciais na taxa mensal.

 

“Muitos condomínios recorrem ao crédito para obras, manutenção ou até antecipação de cotas. Isso traz fôlego financeiro e evita repasses imediatos para os condôminos”, concluiu.

Divulgação (AI)

Média da taxa de condomínio em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro pode representar até 30% do custo mensal de moradia de uma família


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