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17/11/2025      11:36:37

 

 

Como jovens e idosos lidam com regras, barulho e uso das áreas comuns

Por: da Redação

 

Viver em condomínio exige convivência, respeito às regras e atenção aos limites do outro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando se trata de diferentes gerações morando lado a lado, essa relação traz desafios específicos de convivência. Os jovens, geralmente mais ativos e conectados, podem entrar em conflito com idosos, que buscam tranquilidade e rotinas mais calmas. Essa possibilidade de choque geracional gera desentendimentos e até conflitos jurídicos, caso não seja mediado adequadamente.

 

Juliana Teles, advogada familiarizada em direito condominial, define o condomínio como “um espaço coletivo (onde) todos têm direitos iguais. Diferenças de idade e hábitos não justificam desrespeito às regras, mas exigem compreensão e mediação. O síndico deve atuar de forma neutra, garantindo que normas sejam cumpridas sem prejudicar nenhum grupo”, afirmou.

 

Potenciais pontos de conflito geracional no condomínio, como o incômodo produzido pelo barulho de festas, reformas ou nas atividades recreativas, a disputa por horário na utilização das áreas comuns (academias, salões de festa e piscinas), a dificuldade no uso pelos mais idosos de apps de monitoramento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Teles citou quatro situações que podem comprometer a boa relação entre os moradores:

 

1 - Barulho: festas, reformas ou atividades esportivas dos jovens podem incomodar idosos;

 

2 - Uso das áreas comuns: academias, salões de festa e piscinas podem gerar disputas por horários ou prioridade;

 

3 - Tecnologia e comunicação: aplicativos de monitoramento ou grupos de WhatsApp podem ser menos acessíveis para moradores mais velhos, gerando mal-entendidos;

 

4 - Rotina e horários: diferenças no estilo de vida podem provocar atritos, como horários de entrada/saída de elevadores ou circulação em corredores.

 

Responsabilidade do síndico

 

“O síndico deve prevenir conflitos e aplicar as regras de maneira equilibrada, sem favorecer um grupo em detrimento de outro. Ele pode mediar reuniões, criar comissões e propor horários de uso das áreas comuns para minimizar atritos”, explicou a profissional.

 

O Código Civil e a convenção do condomínio asseguram que todos os condôminos têm direito à tranquilidade e ao uso das áreas comuns, mas, de acordo com a advogada, é obrigação do síndico garantir equilíbrio e boa convivência.

 

Medidas práticas para síndicos

 

Criar regras claras sobre horários de silêncio e uso das áreas comuns.

 

Promover assembleias participativas para discussão de conflitos.

 

Implementar sistemas de reservas para salões, quadras e piscinas.

 

Estimular educação e conscientização sobre convivência intergeracional.

 

Dicas aos moradores

 

Respeitar horários e regras estabelecidas pelo condomínio.

 

Procurar diálogo direto antes de formalizar reclamações.

 

Participar de assembleias e sugerir soluções que contemplem todos os moradores.

 

Ter empatia, isto é, compreender que cada faixa etária possui necessidades diferentes.

 

A especialista em direito condominial disse que “o choque geracional é natural em qualquer comunidade, mas pode ser resolvido com regras claras, diálogo e mediação adequada. Síndicos e moradores devem trabalhar juntos para construir uma convivência harmoniosa, onde direitos individuais e coletivos sejam respeitados”, conclui Teles.

Arquivo FdC

Diferenças de idade e hábitos não justificam desrespeito às regras, mas exigem compreensão e mediação

Divulgação (AI)

Diferenças no estilo de vida podem provocar atritos, como horários de entrada/saída de elevadores ou circulação em corredores


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